20 de mar. de 2012

Considerada rara, Harpia é flagrada alimentando filhote em Mato Grosso

Águia é rara e está em extinção (Foto: Alex Franck Forte / Arquivo Pessoal)
Águia da espécie Harpia é rara e está em extinção
(Foto: Alex Franck Forte / Arquivo Pessoal)
Uma ave ameaçada de extinção foi fotografada alimentando o seu filhote em uma reserva florestal que fica próxima ao município de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá. A águia da espécie Harpia estava em uma árvore a 200 metros de altura e foi fotografada pelo estudante de biologia Alex Franck Forte, que durante a observação precisou manter distância para não assustar a ave.
Conforme o estudante, quando a Harpia foi flagrada ela estava alimentando o filhote. Ele detalhou ainda que em quatros anos exercendo a atividade de pesquisador e fotógrafo da natureza, esta foi a única vez que conseguiu flagrar uma Harpia. “É uma ave raríssima. Estive em uma aldeia dos índios da etinia Cinta-larga e eles me mostraram uma flecha que significa Harpia, que é feita com as penas da águia, representando poder de caça. Desde então, fiquei curioso para conhecer esta ave de perto”, explicou.
Alex Franck conta que subiu em uma árvore distante do ninho para poder fazer as fotos. “Mesmo distante, ainda consegui boas imagens. Porém, senti que a águia estava ficando muito incomodada e agitada. Percebi que já estava na hora de ir embora. Foram apenas três minutos de fotos e logo resolvi descer da árvore e voltar para não irritar a mamãe Harpia e o seu filhote”, pontuou.
O biólogo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Dalci Oliveira revelou que a águia da espécie Harpia é muito rara no Brasil. “A Harpia está ameaçada de extinção no país e sob proteção dos órgãos ambientais.” Segundo o professor, essa ave demora dois anos para se reproduzir, e somente um filhote nasce durante esse período. “A Harpia pode ser vista em florestas e também no cerrado, porém, ela não é fácil de ser encontrada”, garantiu.
A ave possui uma crista de penas largas que levantam quando ouvem algum ruído. Como as corujas, elas têm um disco facial de penas menores que pode focar ondas sonoras para melhorar as suas capacidades auditivas.

Fonte: G1

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