11 de abr. de 2011

O SOLITÁRIO DA AMÉRICA

      Quando se fala em animais brasileiros logo vem à cabeça o belíssimo lobo guará, animal típico da América do Sul.

       Primeiramente gostaria de dizer que novos estudos genéticos indicam que o Guará não é um lobo, e sim uma espécie distinta totalmente adaptada ao cerrado.

CARACTERÍSTICAS

            Ele é o maior canídeo das Américas (1,30m de comprimento e 1,00m de altura), porém possui mandíbula muita fraca, fazendo com que sua dieta se baseie em vegetais, frutas silvestres e pequenos animais, como roedores, répteis, pássaros, ovos, peixes, rãs e insetos, e o fruto da lobeira (Solanum lycocarpum), um importante vermífugo natural, que atua contra a parasitose renal provocada pelo nematóide Dioctophyna renale.

HABITAT

            O Lobo Guará pode ser visto na Bolívia, Paraguai, e Norte da Argentina, mas é no Brasil onde está as maiores populações do animal, principalmente nas áreas de cerrados e campos do Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul do País. Habita preferencialmente áreas abertas e semi-abertas, podendo, no entanto, ser observado também em locais florestados.

REPRODUÇÃO

            A gestação dura em média 65 dias, sendo que o parto ocorre no mês de junho, nascendo 2 filhotes negros com a ponta da cauda branca. O interessante é que quando os filhotes nascem a fêmea fica um bom tempo sem sair da toca, sendo alimentada pelo macho.

HÁBITOS

            O Lobo Guará possui hábitos solitários, sendo que sua maior atividade é a noite, quando sai da toca para se alimentar. Uma das adaptações ao serrado são as patas longas, que lhe dá uma excelente visão por cima da grama alta e principalmente lhe confere grandes velocidades. Ele não é muito agressivo e evita ao máximo a presença do homem, porém ele invade galinheiros em casas mais isoladas.

RISCO DE EXTINÇÃO

            Aqui está um grande problema que infelizmente ocorre com grande freqüência no Brasil, à espécie está ameaçada. A redução do seu habitat em prol das plantações, as queimadas, a caça e a captura para zoológicos são os principais fatores que colocam o Guará em estado crítico. Devido ao alto valor a captura visa os animais mais velhos, sendo que muitos filhotes ficam órfãos e não conseguem sobreviver sem a presença dos pais. A estimativa é que para cada indivíduo capturado outros 5 são abatidos.

            Na tentativa de tentar conservar a espécie foram criados alguns santuários onde o Guará consegue se reproduzir com certa facilidade, como: nos Parques Nacionais de Brasília, das Emas, da Chapada dos Veadeiros, do Araguaia, da Serra da Canastra, Grande Sertão Veredas, da Serra do Cipó, da Chapada dos Guimarães, da Serra da Bodoquena, Ilha Grande, Aparados da Serra, da Serra Geral, São Joaquim, da Serra da Bocaina, do Itatiaia. Ocorre também nas Reserva Ecológica do Roncador e nas Estações Ecológicas Águas Emendadas, Uruçuí-Una, Serra das Araras, Pirapitinga e Taiamã. Ainda, nos Parques Estaduais Ibitipoca, Itacolomi, Nascentes do Rio Taquari, Caracol, Iatapuã, Turvo, Cerrado e Vila Velha.
 
mais no:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar em nossa página.